06/12/2017

Resenha - Made in Abyss - Anime


Informações
Nome: Made in Abyss
Episódios: 13
Lançamento: 2017
Estúdio: Kinema Citrus
Gêneros: Sci-Fi, Aventura, Mistério, Drama e Fantasia
Duração: 23 min.
Classificação: 17+


Sinopse: O anime gira em torno de Riko e Reg, a primeira é uma órfã que sonha em alcançar o legado da mãe falecida e, o segundo, é um robô com passado misterioso que veio do fundo do Abyss e não tem quaisquer lembranças de seu passado. Quando Riko recebe uma carta que é, supostamente, de sua mãe, ela e Reg lançam-se numa aventura para chegar até o fim desconhecido do Abyss e encontrar Liza, a mãe de Riko.


História

A história gira em torno do Abyss. Basicamente, foi descoberto numa ilha um grande buraco que continha milhares de relíquias (artefatos mágicos e especiais, ou só coisas aleatórias, de alguma civilização antiga) e, com o tempo, milhares de pessoas vieram de todas as partes do mundo, entraram no Abyss, pegaram estes artefatos e os venderam, e isso tornou-se um grande mercado, ao ponto de surgir uma metrópole, chamada de Orth, ao redor dele, totalmente baseada em descer, pegar algo, subir e vender.

O Abyss é absurdamente fundo, com mais de 20.000 metros conhecidos e ainda sem nem sinal de final e, a depender do lugar, muda-se toda a biologia, relevo e clima, por isso ele foi divido em camadas e, quando mais se desce nestas camadas, as criaturas que vivem lá ficam mais espertas e perigosas, algumas são tão desgraçadas que podem prever o futuro.

Esse bicho é um dos "tranquilos"

E, para piorar, existe a Maldição do Abismo – tipo, a depender de onde você estiver subindo, pode ter de enjoos e alucinações à sangue vazando por cada orifício do seu corpo, inclusive os olhos. Enfim, com todo esse perigo, dividiram quem poderia descer até aonde numa espécie de sistema de castas: os apitos, que iam de Vermelhos, Azuis, Roxos, Pretos até os Brancos, na ordem de menor para maior. Cada um pode descer até uma camada específica, e os Brancos podem ir até onde bem entendem (ou conseguem), e como esses escavadores mais corajosos, suicidas, psicopatas, imprudentes e autodestrutivos vão até os pontos mais fundos, acabam conhecidos como lendas, porque trazem tesouros incríveis de lá. A mãe de Riko era um Apito Branco: Lyza, A Aniquiladora (belo nome, "Oi, sou filha de Liza, A Aniquiladora."), além de Ozen, A Imovível e Brondewd, O Lorde do Amanhecer.

Mas que sorriso encantador!, né, Ozen?

Riko, a protagonista, é uma órfã de 12 aninhos que vive num orfanato bem legal e aconchegante, onde castigam a coitada largando ela pelada na rua e, diariamente, mandam todos os alunos para escavarem na Primeira Camada, correndo o risco de serem comidos, de cair num buraco, quebrar membros, enfim, morrerem.

Limites!?

Certo dia, ela está escavando com seu amigo, Nat, quando ele é atacado por um Quebra Mandíbulas Carmesim, Riko atrai a coisa enorme para cima dela e, quando está para virar almoço, é salva por um raio flamejante disparado por um robô que ninguém sabe de onde veio, com aparência de um indígena de doze anos, que está desmaiado no chão, que não lembra de onde de veio, não sabe qual é o seu nome e nem mesmo que é um robô.

Nat representa a nós todos: um desnecessário

Riko o leva para o orfanato, onde o tortura (sim, essa é a palavra certa para isso) e faz amizade com ele, dando-o o nome de Reg, e escondendo que ele é, na verdade, uma relíquia de nível alto, que não podem ser mantidas por qualquer um que não seja um Apito Branco.

É no meio disso tudo que um grupo de escavadores voltam com o Apito Branco de Lyza e uma mensagem, aparentemente para Riko, dizendo: "Estarei esperando no fundo do Abismo". Riko decide se aventurar no Abismo onde até os adultos treinados morrem como se fossem formigas, e Reg, que deseja saber o que diabos ele estava fazendo no Abismo quando salvou Riko, vai junto. E é aí que a história começa.

Esses dois <3

Quanto ao desenvolvimento da história, eu acho que funciona muito bem para a proposta do anime. Se você espera cenas de ação o tempo todo, pode esquecer, Made in Abyss tem suas cenas de ação quando precisa ter suas cenas de ação, se os personagens estão num lugar tranquilo sem ameaças, não vai haver confronto, mas, quando há, são sequências muito bem feitas. Existem alguns episódios que são mais lentos, mas são necessários para desenvolver a relação entre Riko, Reg e os outros que vão surgindo. E que química entre esses dois! É muito... aquece o coração só de lembrar.

O que dá vontade de fazer

E é bom dizer que vai ficando mais sombrio, afinal, são duas crianças num inferno, o que é esperado que aconteça? Bom, se está pensando em tragédias, errou por pouco, mas as coisas não irão ser bonitinhas e alegres o tempo todo, planos irão dar errado e eles serão irresponsáveis como qualquer criança de doze anos seria, e virão consequências disso, como na vida real, só isso. Não há milagres que salvam eles no último momento, são os dois contra a selva que é o Abismo, e Reg e Riko irão perder algumas vezes. 

Existem muitos momentos para se dar gargalhadas, a maioria são de Nanachi e Riko pressionando Reg até ele ficar vermelho de vergonha e timidez. Sabe aquele garoto quietinho, mas corajoso e com um coração gigantesco, que fica com vergonha quando fica perto de alguma menina? É Reg. 

Eu ri, tipo, MUITO, nessa cena

Eu acho que eu já disse isso, mas vou repetir: Reg e Riko não são lá muito inteligentes. Riko é muito imprudente, ao ponto que me irrita, tipo, ela tá sozinha numa caverna perigosíssima e vai atrás de comida, sem proteção nenhuma, enquanto carrega Reg desmaiado em suas costas, sendo que ela sabe muito bem que ela é uma presa sem o robô dela acordado. E Reg é o contrário, ele pensa demais e demora muito para agir, mas, se não fosse por ele, Riko não teria passado da metade do anime, e vice-versa. Os dois dependem muito um do outro, mas a Riko depende mais de Reg do que ele depende dela. Mas, embora eu perca a paciência de vez em quando, não tem como não amar os dois. Reg e Riko amam um ao outro, e não romanticamente falando, é um amor entre dois amigos, lindo e puro, põe um sorriso no rosto e aquece o coração de quem vê.

"A sopa da Riko está pronta!"  
Eis, jovens gafanhotos, o motivo da dependência de Reg

Arte

A arte é maravilhosa, é um pouco infantil, principalmente no desenho de Riko e Reg, o que é esperado, já que são crianças, mas é um tanto perturbadora devido a natureza do anime. E nas paisagens a animação se supera, é simplesmente magnífico.

Vejam por si mesmos

Músicas

Ah, e a trilha sonora é linda, poética e faz você imergir no mundo do Abismo, é linda. Principalmente a que é tocada nos momentos finais do primeiro episódio, quando Reg e Riko estão observando Orth.

Abertura: “Deep in Abyss” - Miyu Tomita e Mariya Ise
Encerramento: “Tabi no Hidarite, Saihate no Migite” -  Miyu Tomita e Mariya Ise

Essa cena, foi quando o anime me conquistou

Vale a pena ver?

Eu não sou muito confiável para dizer os defeitos, até porque eu amei o anime e não consigo lembrar de algo que eu não tenha gostado, claro, tem seus problemas como qualquer outro, só que são pequenos demais para fazer diferença ou estragar a história, sabe? A única coisa que não gostei foi que o final é aberto, mas como foi confirmada uma segunda temporada, tá tudo bem. Agora, se vale a penar ver? SIM, SIM, SIM, SIM, SIM, SIM e mil vezes sim! Vão em frente, não vão se arrepender, dou minha palavra. SIM!

2 comentários:

  1. Eba! Falou de Made in Abyss, eu fiz até uma versão legendada dele no meu canal ( AnimeVersões BR, que ficou famoso com o vídeo da abertura de Umaru-chan legendada ), e eu acho ele um bom anime pra maratonar com a família.

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    1. Assim, assistir em família eu não assistiria, kkkk
      Dependendo da família, com a minha seria basicamente meu pai fazendo piadas com Reg e minha mãe dizendo para assistirmos algo bonitinho

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