Informações
Nome: Houseki no Kuni
Tipo: TV
Episódios: 12
Lançamento: 2017
Estúdio: Orange
Género: Acção, Fantasia, Seinen
Duração: 24 min.
Classificação: +13
Sinopse: Num futuro distante, uma nova imortal e sem género forma de vida chamada de Gema povoa a Terra. As 28 Gemas têm que lutar contra os Lunarians, que atacam nas regularmente para as raptar e transforma-las em decorações. A cada Gema é lhe atribuído um papel, como ser uma lutadora ou uma medica.
Antes de discutir a obra quero informar que vou usar o pronome “ela” para as gemas, sei que elas são nonbinary, mas por falta de um pronome para me referir ás mesmas vou trata-las desta forma. Desde já peço desculpa caso exista um pronome mais adequado em português para usar, caso conheçam algum deixem um comentário.
Em Houseki no Kuni nós acompanhamos Phos, a mais nova das 28 gemas que habitam na Terra, ela quer ajudar a lutar contra os Luanarians, mas é muito fraca e frágil para o combate.
Eu adorei Houseki no Kuni, todo o elenco de personagens é divertidíssimo e as suas interacções conseguem entregar tanto momentos cómicos como situações calorosas, é muito fácil perceber que todas se preocupam umas com as outras á sua maneira.
A protagonista Phos tem um desenvolvimento muito bom, mesmo tendo sido em tão pouco tempo nunca ficamos com aquela sensação de que as coisas aconteceram do nada. Aliás é muito interessante vê-la a tentar desvendar os diversos mistérios ao longo da obra, especialmente quando chegamos ao final e vemos tudo o que ela passou até ali.
A própria trama mesmo sendo muitíssimo interessante acaba por não responder a muitos dos mistérios apresentados inicialmente, compreendo no entanto que todas estas falhas se devem ao número de episódios limitados, mas mesmo assim o final poderia ter dado uma maior sensação de fechamento.
Outra coisa que também me incomodou um pouco foi o facto de as gemas não sentirem dor, a falta de dor em si não é o problema, cartoons como Steven Universe apresentam gemas com características parecidas que mesmo assim nos deixam sempre preocupadas com o seu bem estar, o problema é que em Houseki o foco não é somente num pequenino grupo de gemas e nunca chegamos a ter o tempo necessário para criar um verdadeiro laço de preocupação com todas as personagens, isto agrava-se mais com o Sensei á mistura, visto que para ele os perigos estão mais para brincadeiras.
Todavia, tal como já havia referido o director Takahiro Kyogoku a obra é excelente na forma única como representa a vida e a morte, aliás um dos momentos mais impactantes só precisou de poucos episódios para nos fazer preocupar com a personagem em questão. E nos minutos finais depois de acompanharmos o crescimento de Phos, conforme vemos partes que fazem contraste com os momentos iniciais da obra é impossível não ficarmos melancólicos.
No geral é uma excelente história que conseguiu deixar-me colada ao ecrã em todos os seus momentos, tanto que alguém como eu, péssima com nomes ainda consegue lembrar-se do nome de quase todas as personagens.
Cada vez mais vemos produções a optarem por seguir o caminho do CGI em vez da tradicional animação 2D e consigo perceber o “porquê” de muitos fãs ficarem irritados com esta nova transição, no entanto devo dizer que eu não me identifico com a maioria nesta questão, é verdade que os anime CGI ainda não estão no seu melhor e que muitas vezes até parecem feios e pouco orgânicos, mas a meu ver isto é algo normal, pois a tecnologia só virou popular recentemente. Mas acredito que com o aperfeiçoamento das técnicas iremos chegar a um nível de CGI que seja tão natural e orgânico como o 2D.
A prova disso é Houseki no Kuni um dos animes CGI mais bonitos até agora, que devido ao uso do CGI temos cenas de acção que tiram total proveito da câmara, mudando facilmente de perspectiva e entregando cenas finais simplesmente incríveis.
O mesmo vale para as personagens que como são gemas (jóias) o CGI ajuda a que a pele das mesmas tenha um tom mais brilhante, especialmente quando alguns dos membros são quebrados outro exemplo são diversos cabelos das personagens que fazem lembrar as gemas do nosso mundo.
No entanto a equipa por de trás do anime sabe que o CGI ainda não se encontra num estado perfeito e consequentemente temos diversas cenas em 2D para ajudar nesse requisito. Os incríveis cenários, muitos dos close-ups e mesmo as expressões dos personagens que são muito expressivas são feitos em 2D.
Aliás algumas cenas de acção tiveram animadores 2D criando-as para depois servirem como uma espécie de storyboard para a equipe de CGI.
Eu sempre soube que o estúdio Orange era bom com CGI, mas Houseki no Kuni é um outro nível, especialmente sendo o primeiro anime deles como estúdio principal. Isto deixa-me imensamente curiosa para o seu próximo trabalho.
Músicas
Tanto a abertura como o encerramento contem tanto uma excelente vertente musical como visual.
Abertura:
"Kyoumen no Nami” - YURiKA
Encerramentos:
"Kirameku Hamabe - Yuiko Ohara
"liquescimus" - Tomoyo Kurosawa
"Kyoumen no Nami (versão orquestra) " - YURiKA
Vale a pena ver?
Houseki no Kuni foi uma experiencia maravilhosa de acompanhar e quando pomos a qualidade da animação á mistura é quase obrigatório assistir. No entanto acredito que não seja um anime para todos os gostos.
Existem duas formas de se referir a alguém de forma neutra: Pronome zi (Elu, amigi,etc) ou virtualmente apenas trocar o "o/e" ou "a" por "#" ou "@" ~
ResponderExcluirÓtimo post, vou com certeza assistir!!
Os escritores do blog agradecem! ^^
Excluirpelo amor de deus não usa pronome neutro igual falaram acima, grato.
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