02/04/2018

Resenha - Devilman: Crybaby - Anime


Informações
Nome: Devilman: Crybaby
Tipo: Anime
Episódios: 10
Lançamento: 2018
Estúdio: Science SARU
Gênero: Ação, Demônios, Horror, Sobrenatural
Duração: 25 minutos
Classificação: +18

Sinopse: Ryo Asuka, conta para seu melhor amigo, Akira Fudou, que os demônios irão reviver e tomar o mundo dos humanos e, para que possam lutar de igual para igual, ele junta Akira com Amon, transformando seu amigo num demônio com coração humano: o Devilman.



História

A história é, na minha opinião, o ponto forte. Os personagens são bem construídos, e a luta interna de Akira sobre se ele é um humano ou um demônio também é interessante. Na verdade, o anime toca muito nessa tecla: tem alguma diferença entre humanos e demônios? Somos mesmo melhores que eles? Eu, pessoalmente, duvido. Mas vamos a história!

Como são só dez episódios, não dá para esperar algo muito grande. A história é relativamente curta, mas é sólida. Tipo, não tem uns furos ou uns personagens que aparecem do além e resolvem ou ferram com tudo porque o escritor estava com preguiça de pensar em algo mais elaborado. As coisas têm um começo e um fim. E os personagens principais: Akira, Ryo e Miko, são bem carismáticos.

Podem me julgar, mas eu gostei de Ryo.

Enfim, tem o começo, em que Akira é um cara bonzinho. O meio, quando ele está lidando com o demônio que vive dentro dele. E o final, a melhor parte.


Inocente...

E esse anime não é para gente que fica perturbada com pouca coisa. Tem gore de montes e nudez e sexo o tempo todo. Também tem toda uma discussão filosófica – se é que é filosofia, sei lá o que é filosofia. Os demônios são criaturas perversas, sem coração, cujo objetivo é causar desordem e profanação, e os humanos são diferentes?

Tipo, não vou citar o anime para não dar spoiler, mas nem preciso. Falamos que somos civilizados, mas só não saímos por aí cometendo atos hediondos de violência, geralmente, porque existe uma punição para isso, é o que chamamos de lei, também existem a ética e a moral que servem como barreira, como o Super Ego, que mantém o Ego (nós) longe do ID (subconsciente e todas as asneiras e maldades que nem sabemos que pensamos). Mas, e se a sociedade estivesse num ponto em que não houvesse órgãos para fazer esta punição e todos tivessem algum alvo para direcionar seu ódio? Pois é, vimos isso com os judeus, palestinos, armênios, hutus... O que mais temos na história são guerras e genocídios, e milhares de notícias de assassinatos hediondos. E então, somos mesmo tão diferentes?

Arte

A arte se encaixa bem com a história. Não é uma obra de arte, é uma arte feia, mas um tipo de feio que é proposital. É feio porque a história é feia. Tudo é muito explícito, as cenas de sexo e o gore são fortes, passa um certo desconforto – que é compreensível para o tipo da obra.



Se não feia, um tanto explícita

Músicas

Nada para dizer. Não gostei nem um pouco da abertura e o restante das músicas não tem nada de especial.
           
Abertura: 
"MAN HUMAN" - Denki Groove

Encerramento: 

"Konya dake" - Takkyuu to Tabibito

Vale a pena ver?

Depende, o anime é muito bom, tudo se encaixa e funciona perfeitamente, mas tem um porém, é pesado. Se você achar que não tem estômago para ver, não veja, é sério. E NÃO veja com seus pais ou qualquer um que se incomode com isso por perto, é possível que vá parar num confessionário.



Ah, uma das cenas fofas.

3 comentários:

  1. Os traços do anime, sua ambientação, cores escuras... fazem do anime parecer "jovem" sabe?! aquela "crise" de descobrimento de nós mesmos na adolescência... eu sinto algo disso observando o anime, o que torna ele mais atraente para mim. O modo que ele mostra a desumanização da sociedade eu acho sensacional. A inversão de valores entre o bem e o mal, totalmente diferente de como vemos hoje, o bem como uma pessoa escura e fria. E o mal como uma pessoa bem-humorada e clara. Um anime de quebrar nossos ossos e cuspir nossos órgãos.

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  2. Eu achei legal que durante uma parte do anime toca a música da abertura do devilman antigo

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