Resenha - Alita: Anjo de Combate - Outros

Sem conhecimento prévio da obra para além do fato de saber que é baseada num mangá famoso fui assistir Alita: Anjo de Combate, uma história sobre uma jovem Android que procura saber a sua verdadeira origem.

De certeza que muitos de vós já ouviram falar do mesmo e as enormes criticas que fizeram ao visual da protagonista, assim como os típicos receios que existem numa adaptação live action. Eu própria também estava dividida entre o hype do potencial que os trailers mostravam e o medo de Alita ser apenas mais um filme que falha em fazer jus ao original e entreter o público. Felizmente o mesmo correspondeu ao meu pensamento inicial e consegui-o ser um filme super divertido cheio de cenas de ação capazes de nos deixar vidrados no ecrã, em grande especial devido a protagonista que tanto dentro ou fora das batalhas sempre demonstrava uma personalidade cativante e viciante.

Mesmo o restante elenco que não tem tanto foco como a nossa querida Android consegui-o deixar uma forte impressão em mim, em especial o doutor Ido que desde o início demonstrou-se um homem interessante e misterioso, tendo como grande ponto forte os momentos paternais com a jovem adolescente que lhe caiu nos braços.

Os dois têm uma dinâmica excecional e os diversos momentos que partilharam para além de amorosos também frisaram a minha ideia de que por detrás de todo  o combate e conspirações, este filme não passa de uma representação da adolescência.

Especialmente quando juntamos à mistura o romance do qual a nossa típica adolescente não consegui-o escapar e infelizmente esse foi o ponto fraco do filme, o romance de Alita e Hugo é muito básico sendo simplesmente mais do mesmo. Os dois até começam com uma dinâmica interessante, mas conforme vemos os minutos a passar só vai ficando mais óbvio e desinteressante.

Felizmente temos enormes sequências de combate muitíssimo bem feitas, com coreografias espetaculares e momentos que nos deixam estupefactos pela qualidade. Só fiquei um pouco decepcionada por não existir um inimigo que estivesse ao nível do nosso Anjo de combate, ela é simplesmente muito forte e caso aja uma sequela é crucial aumentar a parada.

Mas já que tocamos na parte técnica deixem me referir que a animação dos olhos é extremamente natural, a exceção de uma cena no final não ouve um único momento em que os mesmos me tenham incomodado ou parecessem artificiais. Pessoalmente até gostei deles, Alita é um “robô” pelo que olhos diferentes dos humanos dá-lhe um toque especial.

No fim Alita demonstrou-se um filme excelente no que toca a entretenimento, mesmo que a historia não seja a coisa mais inovadora do mundo, caso gostem de sci-fi e ação acredito que este filme seja imperdível. Se tiverem a chance por favor assistam, eu quero muito uma continuação.

Curiosidade, aqui em Portugal o filme teve uma excelente recepção, quando fui assistir a sessão que pretendia estava praticamente lutada e mesmo tendo uma audiência menor a sessão que acabei por ver estava igualmente com muitas pessoas. Tendo em conta que o cinema aqui costuma ser estagnado deixou me muito feliz.