Informações
Nome: Clockwork Planet
Episódios: 12
Lançamento: 2017
Estúdio: Xebec
Gênero: Fantasia, Sci-Fi
Duração: 24 min.
Sinopse: O enredo acompanha a vida de Naoto Miura, um entusiasta por mecânica, alguém que está sempre pensando no assunto e fazendo coisas do gênero. Estranhamente, o mesmo consegue até ouvir os sons das engrenagens, sendo sempre incompreendido por essa “habilidade”. Um dia, no entanto, uma “donzela do relógio” cai em sua vida pressagiando eventos que abalarão o mundo por completo!
Olá leitores do blog Não é minha culpa que não sou popular!, meu nome é Alisson, sou da Bahia e vou passar um tempo publicando aqui. Eu descobri que consigo escrever umas coisas bacanas sobre animes, e adoro falar umas verdades doloridas sobre animes populares. Não é minha primeira vez fazendo isso, tenho um canal chamado Motto Animes e alguns blogs abandonados, inclusive essa resenha é antiga, onde eu falo sobre Clokwork Planet, um anime que talvez vocês já tenham visto. Eu pretendo fazer ao menos uma resenha por semana, então eu espero que vocês gostem dos meus textos. Boa leitura!
História
Clockwork Planet é uma light novel japonesa escrita por Yū Kamiya (No Game No Life), Tsubaki Himana (Amaterasu wa Kakukatariki), e ilustrada por Shino (Kamisama no Inai Nichyoubi). Até dezembro de 2015 foram publicados 4 volumes pela editora Kodansha sob o selo Kodansha Ranobe Bunko, e desde então a light novel encontra-se em hiato e sem uma previsão de retorno.
Apesar da sinopse passar a impressão de que a história vai ser algo foda com muitos perigos pela frente, Clockwork Planet é apenas um amontoado de bobagens e clichês em uma comédia romântica inusitada entre um humano e uma autômato que nos é vendida como um anime de ação em um mundo distópico feito apenas de engrenagens de relógio.
A premissa de que um único relojoeiro chamado na história de “Y” reconstruiu a Terra usando apenas engrenagens de relógio é muito interessante, mas em contrapartida existem alguns detalhes essenciais que não são explicados ou sequer mencionados durante os 12 episódios do anime; Primeiro, quais circunstâncias levaram à destruição da Terra? Quem é “Y”? Se o mundo é totalmente mecânico e sem natureza, de onde vem o oxigênio que as pessoas respiram? São coisas pequenas que passam despercebidas, mas que eu acho importante questionar.
Para convencer o espectador a acompanhá-lo, o anime utiliza recursos muito batidos e já utilizados exaustivamente em outras produções, como o uso constante de ecchi, um exemplo é que para registrar o Naoto como seu novo mestre RyuZu chupa o dedo do moleque de forma bastante sensual e babada, e se minha memória não estiver me enganando quando a Anchor aceita o Naoto como seu mestre ela não faz isso.
O protagonista aparenta ser muito talentoso, mas possui um nível ainda maior de idiotice. A história costuma empurrar um romance muito bizarro entre ele e sua autômato RyuZu, que em determinado momento afirma amá-lo, além de protagonizar inúmeras cenas de comédia romântica o tempo todo sem dar um descanso.
Acredito que tudo isso serve para esconder a falta de profundidade da história, bem como a falta de perigo real e o fato de nem ela se levar a sério, pois existem momentos que eram pra ser muito tensos, mas que são quebrados pelos protagonistas fazendo piadinhas o tempo todo, um exemplo é quando parecia tudo perdido no episódio 12 quando o pilar de Tóquio é destruído e geral fica sem saber o que fazer em seguida, até que a Marie vem e bate no Naoto dando início a uma sequência de comédia, e isso acaba com qualquer sensação de perigo que era pra ter naquele momento, outro exemplo é quando eles encontram tempo para ir à praia fazer mais comédia romântica. PORRA, tem uma arma gigante que pode destruir o mundo tocando o terror, mas eles ainda têm tempo sobrando pra dar um rolê na praia e paquerar.
Os personagens são rasos e sem motivação convincente para seus objetivos. De repente conseguem duas máquinas de destruição e “YAY vamos salvar o mundo”. Não há construção de mundo, nunca é explicado como o planeta virou um amontoado de engrenagens, apenas citam que foi um tal de “Y” que salvou o mundo, mas salvou de que?!
Animação
A animação feita pelo estúdio Xebec (Zibec) com direção de Tsuyoshi Nagasawa fica na média, não é nada impressionante, possui algumas falhas aqui e ali, mas nada que atrapalhe, seu único ponto positivo fica por conta do design de personagens, principalmente da RyuZu que é muito bonito. O problema maior é que o diretor é muito fraco, em nenhum momento ele consegue passar algum sentimento de tensão, tão pouco empolgar em cenas de ação, seu único acerto é nas cenas de comédia e fanservice.
Músicas
A trilha sonora é muito ausente, sendo seu único destaque a abertura feita pelo duo Fripside.
Abertura
"Clockwork Planet" - Fripside
Encerramento
"Anti Clockwise" - After the Rain
Vale a pena ver?
Apesar de todos os problemas aqui citados, Clockwork Planet ainda consegue ser um bom entretenimento para se ver caso não tenha algo melhor para ver.
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