Resenha - Goodbye, Eri - Mangá

Informações

Nome: Sayonara Eri

Capítulos: 1

Lançamento: 2022

Gênero: Drama

Autor: Tatsuki Fujimoto

Editora: Shonen Jump+

Sinopse: Com a mãe a morrer, Yuta tenta capturar os seus últimos dias no seu celular. Depois da sua morte, Yuta direciona-se ao telhado do hospital para cometer suicídio, mas o encontro com uma garota estranha leva-o num caminho para criar um filme. 

História

Tatsuki Fujimoto é um mangaká que ganhou muita atenção com a sua última obra Chainsaw Man, um mangá excecional que tive a sorte de acompanhar desde o início e que terá uma adaptação em anime por parte do estúdio Mappa muito em breve. Todavia hoje venho-vos falar não da sua obra de sucesso, mas sim do one-shot que o mesmo lançou recentemente. 

Goodbye, Eri é uma história pequena de apenas 200 páginas sobre Yuta, um jovem que a pedido da mãe faz diversas filmagens da mesma até a sua morte. A história parece até um tanto pesada com base nesta descrição e realmente tem os seus momentos tocantes, mas também é muito divertida e um tanto surrealista. Aqui nós temos uma pequena amostra do quão incrível o Fujimoto sensei é a desenvolver narrativas interessantes e cheias de revelações que nos deixam sempre desamparados sem saber bem o que esperar, mesmo nos momentos em que dei por mim a prever alguns dos acontecimentos lá o autor conseguia-me surpreender. 

A história também tem uma fluidez muito cativante onde acompanhamos a grande maioria das ações através das lentes da câmara, levando-nos por um mundo que nos deixa incertos sobre o que é fantasia e o que é realidade. Não vou falar muito mais, pois a obra é pequena e podem facilmente ler de forma gratuita no site/app Manga Plus.

Arte

No que diz respeito a arte do autor devo dizer que os seus enquadramentos foram de outro nível neste novo projeto. Fujimoto fez um excelente uso de repetições de quadros com pequenas mudanças minimalistas para transmitir as diversas emoções, algo que ajudou a criar muito bem o clima da história. Outro detalhe que achei particularmente interessante foi a sua abordagem para dar a entender que observamos as cenas pelas lentes, usando pequenas distorções que conseguem muito bem passar essa sensação. Já o design no geral, quem leu outras obras do autor vai encontrar algo do mesmo, eu pessoalmente sou fã da sua arte e achei que foi outro bom desempenho. 

Vale a pena ler?

Sim! É uma obra pequena, lê-se muito rapidamente e é bem divertida.